Projeto criado dentro do Inefro, em São José, incentiva a prática de crochê durante as longas sessões
Imagina passar cerca de três horas numa sessão de hemodiálise. E isso se arrastando há anos. Assim acontece com a dona Sônia Almeida, 60 anos, que frequenta três vezes por semana o Instituto de Nefrologia (Inefro) de São José dos Campos. Não é fácil para quem precisa do tratamento.
Mas, pelas mãos da dona Sônia, um grupo de mulheres que frequenta o Instituto no mesmo horário ganhou um ânimo a mais para ir às sessões: o Dialisarte, projeto de crochê implantando há cerca de dois meses e que já vem colhendo resultados positivos.
O Dialisarte surgiu com a dona Sônia que fazia crochê de vez em quando para passar o tempo. “Percebi que quando ela trazia o crochê ficava bem mais animada”, conta a nefrologista Jovania Heringer Sobrinho Panerari.
Para incentivar a paciente, a médica também começou a levar agulha e linha durante as sessões. “Foi então que sugeri que ela ensinasse as demais pacientes a fazer crochê”, diz.
A ideia pegou e o grupo cresce a cada dia. Ao invés de dormirem ou passarem o tempo assistindo televisão, segundo a médica, se dedicam ao crochê. “O grupo ganhou um incentivo a mais, muitas até continuam fazendo em casa e chegam aqui animadas mostrando a evolução do crochê, conta.
Dona Sônia se sente realizada em poder contribuir com as colegas e, para a doutora Jovania, o Dialisarte vai bem além do que um simples crochê: “É uma forma de amenizar o sofrimento inerte à própria doença”, finaliza.
- Maria do Carmo Nogueira
- Ednea da Silva Domingues
- Maíza de Paula dos Santos e Dra Jovânia
- Sônia Maria Floriano de Almeida e Dra Jovânia
- Sônia Maria Floriano de Almeida
- Sônia Maria Floriano de Almeida